Avançar para o conteúdo principal

Partida, largada, fugida!

 1... 2... 3!

Ou qualquer outra forma de dar início a uma corrida. Foi assim o início desta semana.

Toda a minha gente correu para a esplanada mais próxima, em molhada, porque, toda a gente sabe, "é na boa" e "é melhor aproveitar antes que feche outra vez". E só não iam antes porque esses malandros do governo proibiram, senão estava tudo bem.

Sim, é preciso ajudar a economia. Sim, podemos voltar, entre outros sítios, aos cafés. Mas porra, perdi alguma coisa?? O vírus já era e eu ainda não me apercebi disso? Pelo amor da santa!

Podemos ir ao café, podemos ir a um restaurante, mas podemos também ter dois dedinhos de testa e não passar lá a tarde sem máscara e como se nada se passasse!!

E, já agora, podemos também não agir como se o Mundo fosse acabar amanhã ou como se a outra ponta do arco íris fosse ali na esplanada. As moedas de ouro devem estar no fundo da chávena, com toda a certeza, só não se sabe ao certo de qual. (e, quem diz chávena, diz copo e garrafa também)

Quando é que vão perceber que são estes comportamentos insensatos, descuidados e muito pouco inteligentes que fazem com que, não tarda, os malandros do governo tenham que mandar fechar tudo outra vez?

Quando é que vão perceber que o amigo, a vizinha, o primo e a tia também podem ter COVID? Novidade: o pensamento "oh, mas é o fulano X" não faz com que o bicho não pegue.

Quando é que vão perceber que vocês podem ter COVID, não saber, e de repente as outras 3 pessoas da mesa do café também? Mesmo que sejam vocês o fulano X.

Mas quando, pelo amor da santa?!?

É preciso um desenho?

Se continuarem assim, o vosso mundo pode mesmo acabar amanhã e não há moedas de ouro que vos salvem (sejam as da chávena, do copo ou da garrafa). Bem, se fosse só o vosso mundo ainda era na boa, cada um colhe aquilo que semeia. Não mandem é sementes para o terreno dos outros.

Lembrem-se que as vossas atitudes têm consequências para os outros também, não estão no Mundo sozinhos (se é que isto vos importa... é que parece que não).

Tenham juízo! Deixem-se de merdas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Inveja...

Há quem diga que a inveja é uma coisa muito feia...! Eu digo apenas que pode ser um ponto de partida para se ambicionar ter, ser ou fazer mais alguma coisa. Claro que, como tudo, quando é demais não se torna saudável, mas cabe a cada um controlar os seus impulsos invejosos. Querer ter, ou ser, aquilo que o outro tem, ou é, pode levar-nos a uma luta constante e até produtiva para nos superarmos e conseguirmos mais. Por outras palavras, a inveja boa é uma ambição controlada, que nos leva a trabalhar para alcançar determinados objectivos (valham estes a pena, ou não, aos olhos dos outros). Até porque aquilo que os outros pensam só devia ter importância até certo ponto. Até ao ponto de passagem entre o que nos torna pessoas melhores e o que faz de nós fantoches nas suas mãos. Há que diga que a inveja é uma confissão de inferioridade...Eu digo que é ambicionar alcançar determinado objectivo que nos faz sentir melhor, seja porque for... Não necessariamente porque "Se fulano-assim-assim ...

A felicidade que pode ser perdermos a clareza de ideias

Os velhos, às tantas, não dizem coisa com coisa. Misturam assuntos. Dizem que fizeram isto e aquilo sem terem feito nada. Não sabem onde estão ou o que estão lá a fazer. Dizem que falaram com A, B ou C, que já estão a fazer tijolo há muito tempo. Que foram aqui e ali sem na verdade terem saído do lugar. Julgam que os vão levar para casa em breve. Parecem estar noutro mundo ou na lua. Nem que seja apenas por breves instantes. Segundos de trevas que parecem interromper a luz. Ou será ao contrário? Talvez seja da velhice. Talvez seja dos medicamentos.  Talvez. Talvez seja sem querer mas, em certa medida, propositadamente. Que também eu perca a clareza e o discernimento quando eles já não me trouxerem benefício algum.

Ponham no Facebook, no Instagram, no Tiktok ou...

Felizmente, nasci antes de existirem redes sociais e telemóveis. Sou do tempo em que as pessoas falavam umas com as outras e em que um rolo de 24 fotografias dava bem para 15 dias de férias no Algarve. Já ninguém sente a alegria (ou a desilusão) de ir buscar as fotos reveladas ao fotógrafo e encontrar umas quantas surpresas: umas tremidas, outras descentradas, algumas boas e ainda algumas tiradas sabe-se lá por quem. Não, já ninguém sabe o que isso é. Hoje em dia ninguém tem paciência para esperar por nada, quanto mais por revelação de fotos. Seguia-se o ritual de as colocar no álbum, fosse no oferecido pelo fotógrafo ou outro. Mas não sem antes escrever no verso de cada foto o local e a data de cada uma: Manta Rota, Agosto de 1992. Os álbuns ficavam religiosamente guardados num qualquer móvel, em casa. Nas gavetas ou nas prateleiras, conforme coubessem. E cabia sempre mais um. De vez em quando uma pessoa lá se lembrava (e lembra!) da sua existência e os álbuns saem do armário para que...