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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2009

Electrónica e Telecomunicações

Num dia frio de Dezembro, há mais de 10 anos atrás, disseram-me assim: "A tua prenda de Natal tem plástico, pilhas, botões, antena e tem que se fazer um buraco no tecto." (atitude característica da minha mãe, que mata o juízo a qualquer um dando pistas, às vezes estapafúrdias, acerca da prenda que lhe vai dar...) Na ingenuidade característica de quem nasceu em meados dos anos 80 e tem apenas uma década de existência, imaginei-me na sala da minha avó São sentada no chão, em cima de um plástico transparente que não tinha mais de um metro quadrado, a mexer numa espécie de comando preto que devia ter uns doze botões, como quem usa o rato de um computador. E enquanto isso, olhava admirada para o tecto, pois segundo havia dito a minha mãe, era preciso lá fazer um buraco. Eu não fazia ideia do que era isto que me vinha à cabeça sempre que pensava numa coisa com plástico, pilhas, botões, antena e buraco no tecto, mas ficava bastante entusiasmada! (como fico ainda hoje, mesmo com pist

É a vida...!

Aquilo a que chamamos VIDA é na realidade um mistério que vamos desvendando a cada dia que passa sem no entanto chegarmos à resolução final. Somos postos à prova, espezinhados, deixados na lama, ou por vezes colocados num pedestal. A vida às vezes impõe-me caminhos, coloca-me em posições difíceis e obriga-me a abdicar daquilo que realmente gosto... Mas continuo a ser dona da minha existência e, por isso mesmo, vou por atalhos, adapto-me às circunstâncias e aprendo a gostar de outras coisas!

Eu amanhã... E se para mim não houvesse amanhã?

Pois... Há sempre essa hipótese... E é cada vez menos remota nos dias que correm. É costume perguntar-se 'Tens medo de morrer?'; sinceramente não, tenho pena. Medo, só de sofrer (no corpo ou na alma). Tenho pena de um dia não ter mais que me levantar cedo, não ter mais que ir ao supermercado, não ter mais que fazer limpeza ou lavar o carro, não ter mais que fazer a cama, não ter mais que pagar as contas, não ter mais que fazer todas as coisas chatas que tenho que fazer agora...! Tenho pena de não poder mais deixar o estoro da janela do meu quarto com uns buraquinhos para de manhã ver o sol, não poder passear, não poder escrever, não poder sonhar, planear, não poder crescer (nem que seja para os lados), não poder ver mais o azul do céu e o ondular do mar, não poder simplesmente acordar na manhã seguinte... Como hoje e, espero, como amanhã! A vida são mesmo dois dias e não sabemos como nem quando os nossos 2 dias adormecerão na escuridão da noite para jamais começarem com um nov