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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2023

Ela é que manda nas outras e eu digo "Oh Cristina, não sejas assim!..."

Brinquei muito sozinha. Não tenho irmãos e a prima mais próxima em idade só mais tarde se tornou minha amiga. As outras primas a seguir estavam longe, só brincávamos duas vezes por ano e a outra prima só apareceu 8 anos depois de mim (o que é uma seca quando se quer brincar a sério. Sim, brincar a sério exige uma idade para tal; antes disso não se sabe brincar a sério, só se brinca a brincar e isso não tem graça nenhuma). E sim, isto de ser família não significa que as pessoas estejam todas próximas e muito menos que gostem todas umas das outras (às vezes só fingem que gostam e outras tantas gostam mas, de repente, deixam de gostar). É por isso que se diz que os amigos são a família que escolhemos. A que nos calha em sorte à nascença nem sempre nos enche as medidas e temos que mandar vir de fora. Voltando ao ponto. Brinquei muito sozinha. Não tenho irmãos, as primas estavam longe (emocionalmente, em espaço ou em idade) e, por isso, grande parte do tempo era passado a brincar sozinha. P

Mensagem publicada n°200

Pensei em dissertar sobre as amarguras da vida, a pouca sorte. A inveja das coisas dos outros. O facto dos outros terem sempre mais, melhor e mais fácil. Dos outros não terem problemas e de terem saúde e sorte 365 dias por ano. De tudo lhes correr bem, como planeado e sem dissabores. Pensei depois que tudo isso é uma ilusão. Que todos achamos isso dos outros e que nós também somos os outros na percepção deles. Que amarguras todos temos, apenas uns gostam mais de falar delas que outros. Pensei que a pouca sorte depende sempre do ponto de vista, da circunstância, do momento. Do estado de espírito. Daquilo que para cada um de nós é mais relevante. Do que mais nos importa conseguir ter ou atingir. Pensei que a inveja só existe porque na verdade não calçámos os sapatos do outro. Porque à distância tudo parece bonito e fácil, mas ao perto não é bem assim. Que nem toda a inveja é má, mesmo que nos deixe um amargo de boca. Às vezes a inveja é a gasolina para fazer andar o nosso motor, aquele q

Penny... Penny... Penny

A minha POC (que, como já vos disse um dia, não foi diagnosticada, mas está altamente comprovada) consegue ser bastante cansativa. Obriga-me a demorar o dobro ou o triplo do tempo a fazer as coisas e dá-me cabo do juízo. Sim, eu sei, é difícil entender como raio é preciso verificar 2 e 3 vezes se está realmente fechada uma porta que se acabou de fechar. É difícil aceitar que um objecto deva estar milimetricamente alinhado em cima do móvel ou o caos está instalado naquela divisão. É difícil entender como alguém não consegue resistir à necessidade, aparentemente infundada, de fazer a coisa A ou de não fazer a coisa B. É difícil mas, por favor, mesmo que custe, aceitem e ao menos finjam que entendem. Porque não é mais fácil para quem tem que lutar diariamente com estes fantasmas. É cansativo, desesperante. Eu sei que fechei a porta e acabei de confirmar, mas a minha cabeça só descansa se verificar novamente. E voltar a verificar depois. Pode ser a porta de casa, como pode ser a do carro o