Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2023

Ponham no Facebook, no Instagram, no Tiktok ou...

Felizmente, nasci antes de existirem redes sociais e telemóveis. Sou do tempo em que as pessoas falavam umas com as outras e em que um rolo de 24 fotografias dava bem para 15 dias de férias no Algarve. Já ninguém sente a alegria (ou a desilusão) de ir buscar as fotos reveladas ao fotógrafo e encontrar umas quantas surpresas: umas tremidas, outras descentradas, algumas boas e ainda algumas tiradas sabe-se lá por quem. Não, já ninguém sabe o que isso é. Hoje em dia ninguém tem paciência para esperar por nada, quanto mais por revelação de fotos. Seguia-se o ritual de as colocar no álbum, fosse no oferecido pelo fotógrafo ou outro. Mas não sem antes escrever no verso de cada foto o local e a data de cada uma: Manta Rota, Agosto de 1992. Os álbuns ficavam religiosamente guardados num qualquer móvel, em casa. Nas gavetas ou nas prateleiras, conforme coubessem. E cabia sempre mais um. De vez em quando uma pessoa lá se lembrava (e lembra!) da sua existência e os álbuns saem do armário para que

A ganância é uma senhora com palas nos olhos como os burros

Já toda a minha gente anda numa azáfama. O Mundo admirou-se com a escassez de tinta cor de rosa por ocasião do filme " Barbie "... Pois venham à Capital do Cavalo, todos os anos entre Julho/Agosto e Novembro, se querem ver o que é escassez de material. Ele é para pintar a frontaria, para fazer mais uma cavalariça, para dividir uma sala em 2 quartos, para construir um barracão numa horta e levianamente  chamar-lhe "casa para alugar no S. Martinho", para arranjar um telhado onde já chove há 2 São Martinhos (*)... Não há material de construção civil que resista. Nem empresa. Bem, nem trolha. Aquelas quase 2 semanitas em Novembro são a galinha dos ovos de ouro dos Goleganenses, por isso, há que preparar tudo com antecedência. São a galinha dos ovos de ouro mas calma lá! Não valem mais que uns beliches duvidosos, uma cama de casal de 1970, uma chapa de zinco em cima de 4 estacas, um chão enlameado, um autoclismo que só funciona às vezes, uma cozinha equipada com os melho

E lá se foi o meu C2...

Gosto de carros simples. Não. Na verdade, gosto de carros básicos. Daqueles carros sem paneleirices, onde um risco ou uma mossa custam a aceitar, mas não custam muito. Como também não custou o carro. Custou o devido valor para algo que serve para nos levar de um sítio ao outro sem gastarmos as pernas e as solas dos sapatos. E sem termos que vender um rim para o conseguirmos comprar. Normalmente um carro básico é, também, um carro em segunda mão. Estimado, é certo, mas que tem só o que faz mesmo falta. Sem sensores que alertam por tudo e por nada, sem travar sozinho, sem acelerar sozinho. Sem pôr mudanças sozinho. Enfim... Sem conduzir sozinho. Porque a piada está em conduzir o carro, não em ele conduzir-nos a nós. Isso seria como ter aqueles cães que passeiam os donos. Não, obrigada. Gosto de carros de gajo, não gosto de carros de gaja. De carros brutos, mas não necessariamente grandes (se bem que, um dia, ainda vou ter uma pick-up!). Gosto de carros com alguma testosterona. De carros