Ontem à noite bateram à minha porta.
Não reconheci o rapaz e, pela aparência, por ser estranho ali, pela insistência, deduzi o que estava ali a fazer. Não respondi. Voltou a insistir e eu, do lado seguro da porta perguntei: Quem é?
- Boa noite. - disse o rapaz
- Quem é? - voltei a insistir
- Tem qualquer coisa que dispense para dar de comer aos meus irmãos? - perguntou o rapaz
- Não, obrigada. - respondi
- Obrigado. - disse o rapaz enquanto se virava para bater à porta dos vizinhos
(Não sei porque raio disse "obrigada"... Mas enfim.)
Depois fiquei a pensar que poderia ter cometido uma enorme injustiça... Assumi que o rapaz queria dinheiro. Mas se calhar queria mesmo comida para dar aos irmãos. Oh bolas... E eu que tenho paletes de Nestum em casa, que não me fazem falta nenhuma... Podia bem ter dado ao rapaz.
Ficou a pesar-me na consciência. Eu sei que há quem receba as coisas e de seguida as deixe no lixo... Mas olhando para trás, para a insistência dele, parecia um pedido genuíno.
Nunca hei-de saber. O rapaz certamente não voltará lá. Mas se voltasse dava-lhe o Nestum. Afinal, a mim não e faz falta e a ele parecia fazer...
Há uns anos costumava encontrar um senhor a pedir num semáforo no regresso a casa depois do trabalho. Nunca lhe dei dinheiro. Mas cheguei a dar-lhe comida. Qualquer coisa que me tivesse sobrado naquele dia, como um pacote de bolachas. O senhor, muito magro, ficava extremamente agradecido. E eu ia para casa de coração cheio; a saber que, mesmo que o senhor não comesse mais nada naquele dia, ao menos tinha as bolachas.
Não fiquei mais pobre por ter dado as bolachas ao senhor. Fiquei mais feliz por ter ajudado a tornar aquele dia menos doloroso para ele.
Sejam muito felizes, solidários e... Sonhem!
Não reconheci o rapaz e, pela aparência, por ser estranho ali, pela insistência, deduzi o que estava ali a fazer. Não respondi. Voltou a insistir e eu, do lado seguro da porta perguntei: Quem é?
- Boa noite. - disse o rapaz
- Quem é? - voltei a insistir
- Tem qualquer coisa que dispense para dar de comer aos meus irmãos? - perguntou o rapaz
- Não, obrigada. - respondi
- Obrigado. - disse o rapaz enquanto se virava para bater à porta dos vizinhos
(Não sei porque raio disse "obrigada"... Mas enfim.)
Depois fiquei a pensar que poderia ter cometido uma enorme injustiça... Assumi que o rapaz queria dinheiro. Mas se calhar queria mesmo comida para dar aos irmãos. Oh bolas... E eu que tenho paletes de Nestum em casa, que não me fazem falta nenhuma... Podia bem ter dado ao rapaz.
Ficou a pesar-me na consciência. Eu sei que há quem receba as coisas e de seguida as deixe no lixo... Mas olhando para trás, para a insistência dele, parecia um pedido genuíno.
Nunca hei-de saber. O rapaz certamente não voltará lá. Mas se voltasse dava-lhe o Nestum. Afinal, a mim não e faz falta e a ele parecia fazer...
Há uns anos costumava encontrar um senhor a pedir num semáforo no regresso a casa depois do trabalho. Nunca lhe dei dinheiro. Mas cheguei a dar-lhe comida. Qualquer coisa que me tivesse sobrado naquele dia, como um pacote de bolachas. O senhor, muito magro, ficava extremamente agradecido. E eu ia para casa de coração cheio; a saber que, mesmo que o senhor não comesse mais nada naquele dia, ao menos tinha as bolachas.
Não fiquei mais pobre por ter dado as bolachas ao senhor. Fiquei mais feliz por ter ajudado a tornar aquele dia menos doloroso para ele.
Sejam muito felizes, solidários e... Sonhem!
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