Avançar para o conteúdo principal

Recordando os ultimos anos... (II)

Continuando... E ainda falando em música.

Há coisas que ficam para sempre. Como a guitarra que os meus avós paternos me ofereceram num Natal, há quase 20 anos, embrulhada em casacos para que a forma não a denunciasse. (depois de alguma insistência da minha parte!)

Essa velhinha clássica 'StarFire' ainda existe. Já teve melhores dias - é a PDI - mas foi (e é!) sempre muito bem estimada. Já tive que lhe trocar as cavilhas porque o plástico não aguentou o tempo; ficou como nova!

Sei que 'StarFire' está para guitarras como 'Polegar' para mercearia, mas mesmo de marca branca (quase transparente!) tem um enorme valor sentimental e nem que me pagassem muito dinheiro a vendia.

Depois dessa clássica veio a acústica, já um bocadinho menos transparente, mas ainda branca :) Mas disso já aqui falei há uns anos.

Do que ainda nunca falei foi da eléctrica! Ah pois é bebé! Gama baixa da 'Fender' mas, ainda assim, uma 'Fender'! Dá para fazer umas coisas engraçadas - o punk rock não tem assim tanta ciência :)

Mas há mais coisas que ficam para sempre. Como o cantar no chuveiro e fora dele. Qualquer dia gravo e ponho no YouTube, afinal de contas, agora é moda fazer coisas parvas e filmar.

Devia ter começado mais cedo e agora era uma rock star! Ah vida malvada!

Se calhar vou largar tudo e dedicar-me à musica. Vou tocar para o metro e na Feira de S. Martinho (só me falta o cão com a cesta!). Ou talvez não. Acho que vou apenas continuar a sonhar.


Sejam muuuito felizes, façam música... ou apenas sonhem com ela!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Desiludem-me, portugueses

Tinha-vos em melhor conta. Mas, afinal, vota-se em quem destila ódio. Toda a gente sabe que isso é sinal de se ser mais capaz. Quem grita mais tem mais razão. Claro. Como não sou eu capaz de ver isso?... Vota-se em quem faz a conversa de café. Quem manda os outros para a terra deles, como se nós nunca tivéssemos ido para a terra de ninguém. E como se não nos fizessem falta alguma. Vota-se em quem manda trabalhar os malandros, os chupistas da sociedade que não fazem nenhum e vivem à mama. E são tantos. Incluindo os que não interessam para a estatística. Vota-se em quem diz o que se quer ouvir, sem pensar nas consequências disso. Vota-se sem pensar se quem diz o que se quer ouvir, consegue realmente fazer o que é preciso. Mas o voto é livre, tal como a opinião. Por isso, cada um saberá de si - assim espero. Julgo, no entanto, que muitos professores de História estarão agora a levar as mãos à cabeça, pensando que, afinal, não conseguiram ensinar nada a ninguém. Nem mesmo aos que passaram ...

Nem tudo o que enche o estômago enche o coração

Sempre gostei de massa. Qualquer que seja, não importa o tamanho ou o formato. Não sou esquisita quanto à aparência da dita cuja, gosto de massa e pronto. Há quem prefira arroz, mas eu gosto mais de massa. É por isso que o Mundo não tomba, como se costuma dizer. Se agora viessem com aquelas teorias (como tantas vezes quanto a tantas outras coisas) de que o arroz afinal faz mal; se me dissessem que a partir de agora só podia comer massa... Era para o lado que dormia melhor. Venha ela. Mas isto não é de agora. Foi sempre assim. Muitos serões em casa da minha Avó S. foram acompanhados de esparguete para a ceia. Não porque fosse regra da casa, mas porque eu tinha fome e que melhor do que ir comer esparguete?? Já tinha idade para mexer no fogão (hoje em dia demora-se mais a poder mexer no lume) e lá ia eu para a cozinha pegar num tacho muito reles (a bem dizer, numa caçarola) que desconfio que a minha Avó comprou na Galinha Gorda ou coisa que o valha. "Lá vai ela comer massa" O ta...

Bagos de esperança

Tira-se o arroz do tacho e ficam meia dúzia (mais!) de bagos de arroz no fundo. Come-se o que se tem no prato - até se comeu tudo - mas ficam uns baguinhos de arroz. Vai tudo para o lixo ou pelo ralo do lava-loiça abaixo. Esses bagos de arroz, que parecem insignificances, ao fim de um tempo correspondem a um prato cheio de arroz. E não é preciso muito. Faz-se uma panela de arroz e sobra. Quem nunca? Há três opções em primeira instância: guardar deitar fora guardar para deitar fora mais tarde Guarda-se na esperança de ainda o comer; deita-se fora porque se sabe que já não se vai comer; ou guarda-se na esperança de ainda o comer (para descansar a consciêcia), mas sabendo que é certo que vai parar ao lixo dentro de dias. Esses restos de arroz não comido falecem num Tupperware no frigorífico (para quem ainda os usa), outros falecerão numa caixa plástica do chinês e outros numa de vidro. Só muda o caixão, o morto é morto em qualquer um. Em criança diziam muitas vezes (a mim e aos outros): ...