Corremos para apanhar o autocarro ou o comboio, corremos porque "tenho que me levantar às 6h para conseguir chegar ao trabalho antes das 9h", corremos para fazer o jantar, vamos à pressa ao supermercado porque temos que chegar a casa com as minis antes de começar a bola e corremos para tantas outras merdas que, na verdade, não têm qualquer relevância nas nossas vidas.
Corremos para tudo e nunca chegamos a lado nenhum. Porque embora o autocarro, o emprego, o jantar,... os compromissos em geral tenham à sua importância, não têm a mesma que a nossa saúde nem que aqueles de quem gostamos.
Raramente corremos para ir visitar um familiar ou um amigo: "Fica para a próxima", "Quando cá voltar com mais tempo", "Um dia destes", "Epa, nunca mais fizemos nada, temos que combinar isso"...
E assim vamos andando a adiar sabe-se lá o quê. Muitas vezes adiamos já a saber que nunca o vamos fazer, é incrível não é?
Incrível e triste.
Depois vai haver um dia em que acontece uma desgraça qualquer e morremos também nós de arrependimento. Andamos ali uns tempos a querer aproveitar tudo e mais um par de botas com quem 'ainda cá está', mas depois esquecemos, voltamos à rodinha do hamster e adiamos tudo de novo porque não queremos simplesmente dar-nos ao trabalho.
Vamos pôr a mesma força com que corremos atrás do autocarro naquilo que realmente importa e deixemo-nos de merdas: ou queremos ou não queremos! Que é como quem diz, se não tens interesse em fazer a coisa não vale a pela pintares-te às cores só para dizer 'temos que combinar isso'. Temos que combinar mas é o c*! P*ta que pariu o 'um dia destes'! Temos é que fazer. Ponto.
Bem me dizia a minha avó São: "Filha, goza a vida!". Cada vez mais dou importância a estas palavras.
'Tou a tentar 'vó!
Sejam felizes, desvalorizem as coisas que, na verdade, não interessam nada, valorizem tudo aquilo que realmente importa e... Sonhem!
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