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Era uma vez um f* da p* de um vírus! (Ou o vírus da estupidez humana!)

"Ai mas isto já está a ficar melhorzinho!..." - Desconfina tugaaa!!

"Já estou vacinado!" - Super-herói em cuecas!! (Máscara para quê?!...)

"Estou farto de estar em casa, vou passar a tarde na esplanada do café do Mário com 3 ou 4 pessoas que não vejo há séculos mas que, bolas, são o Tó Zé, a Mariazinha e o Quim (que leva o primo dele da França), eles não têm nada!" - Síndrome de imunidade social

"Também tenho que viver alguma coisa!" - Dizem que se vive bem nas UCI, sempre acompanhado, mas não servem minis nem pires de tremoços, é pena.

"Logo vou a casa da Ana, já nasceu o puto!" - <sem comentários>

E lá vai o tuga (sobre)vivendo assim, nem sabe como.

Podemos ir ao café e não temos que passar lá horas, podemos recorrer ao take-away do restaurante e podemos evitar tantas coisas desnecessárias...!

Sentimos todos falta de muita coisa, a questão é: quanto valem essas coisas para ti? Valem 15 dias de molho? Valem 15 dias de molho do teu primo? Valem a vida da tua avó? Se calhar não valem assim tanto...

#poeamaonaconsciencia

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Mensagem publicada n°200

Pensei em dissertar sobre as amarguras da vida, a pouca sorte. A inveja das coisas dos outros. O facto dos outros terem sempre mais, melhor e mais fácil. Dos outros não terem problemas e de terem saúde e sorte 365 dias por ano. De tudo lhes correr bem, como planeado e sem dissabores. Pensei depois que tudo isso é uma ilusão. Que todos achamos isso dos outros e que nós também somos os outros na percepção deles. Que amarguras todos temos, apenas uns gostam mais de falar delas que outros. Pensei que a pouca sorte depende sempre do ponto de vista, da circunstância, do momento. Do estado de espírito. Daquilo que para cada um de nós é mais relevante. Do que mais nos importa conseguir ter ou atingir. Pensei que a inveja só existe porque na verdade não calçámos os sapatos do outro. Porque à distância tudo parece bonito e fácil, mas ao perto não é bem assim. Que nem toda a inveja é má, mesmo que nos deixe um amargo de boca. Às vezes a inveja é a gasolina para fazer andar o nosso motor, aquele q

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