Avançar para o conteúdo principal

Impaciência...


...típica da juventude que, aliada à inconformação, faz de nós público alvo de descrédito. Sonhamos demais, somos destemidos (por vezes inconscientes) e 'verdes' demais para saber 'da vida'.

Ao atingirmos determinadas etapas da nossa vida pensamos que já sabemos tudo e que não faz sentido ouvirmos certas coisas daqueles que têm mais idade que nós... Mas nunca sabemos tudo. Não hoje, nem amanhã, nem depois. E esta é para mim a única vez em que podemos realmente dizer 'nunca'. Agora, ao olhar para trás, dou razão a algumas coisas que os 'grandes' me diziam. E entendo-as. Cheguei a pensar que 'Quando tiver filhos não vou ser assim!', agora já reformulei o pensamento...

Mas passados quase 23 anos, além de finalmente entender a frase 'Um dia vais dar-me razão.' também sei que se por vezes não tivesse sido impaciente e incoformada (como continuo a ser), se não tivesse sonhado, idealizado até teatralizado, se não tivesse tido 'tomates' sem os ter na prática e sem ter sido inconsciente, ignorante (o que por vezes é uma bênção) e sem ser 'verde' demais... Não tinha ambicionado, feito, nem vivido metade das coisas...!

E é assim que a vida sabe bem, vivida intensamente, sem receios, mas com precauções.

Podemos ser impacientes, inconformados, inconscientes, inconstantes, intolerantes... Mas não somos, sem dúvida, indiferentes! (quanto aos outros e para eles) Unimo-nos e lutamos por aquilo em que acreditamos; só assim somos felizes!!


Sejam muito felizes e... Sonhem!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A felicidade que pode ser perdermos a clareza de ideias

Os velhos, às tantas, não dizem coisa com coisa. Misturam assuntos. Dizem que fizeram isto e aquilo sem terem feito nada. Não sabem onde estão ou o que estão lá a fazer. Dizem que falaram com A, B ou C, que já estão a fazer tijolo há muito tempo. Que foram aqui e ali sem na verdade terem saído do lugar. Julgam que os vão levar para casa em breve. Parecem estar noutro mundo ou na lua. Nem que seja apenas por breves instantes. Segundos de trevas que parecem interromper a luz. Ou será ao contrário? Talvez seja da velhice. Talvez seja dos medicamentos.  Talvez. Talvez seja sem querer mas, em certa medida, propositadamente. Que também eu perca a clareza e o discernimento quando eles já não me trouxerem benefício algum.

Desiludem-me, portugueses

Tinha-vos em melhor conta. Mas, afinal, vota-se em quem destila ódio. Toda a gente sabe que isso é sinal de se ser mais capaz. Quem grita mais tem mais razão. Claro. Como não sou eu capaz de ver isso?... Vota-se em quem faz a conversa de café. Quem manda os outros para a terra deles, como se nós nunca tivéssemos ido para a terra de ninguém. E como se não nos fizessem falta alguma. Vota-se em quem manda trabalhar os malandros, os chupistas da sociedade que não fazem nenhum e vivem à mama. E são tantos. Incluindo os que não interessam para a estatística. Vota-se em quem diz o que se quer ouvir, sem pensar nas consequências disso. Vota-se sem pensar se quem diz o que se quer ouvir, consegue realmente fazer o que é preciso. Mas o voto é livre, tal como a opinião. Por isso, cada um saberá de si - assim espero. Julgo, no entanto, que muitos professores de História estarão agora a levar as mãos à cabeça, pensando que, afinal, não conseguiram ensinar nada a ninguém. Nem mesmo aos que passaram ...

Nem tudo o que enche o estômago enche o coração

Sempre gostei de massa. Qualquer que seja, não importa o tamanho ou o formato. Não sou esquisita quanto à aparência da dita cuja, gosto de massa e pronto. Há quem prefira arroz, mas eu gosto mais de massa. É por isso que o Mundo não tomba, como se costuma dizer. Se agora viessem com aquelas teorias (como tantas vezes quanto a tantas outras coisas) de que o arroz afinal faz mal; se me dissessem que a partir de agora só podia comer massa... Era para o lado que dormia melhor. Venha ela. Mas isto não é de agora. Foi sempre assim. Muitos serões em casa da minha Avó S. foram acompanhados de esparguete para a ceia. Não porque fosse regra da casa, mas porque eu tinha fome e que melhor do que ir comer esparguete?? Já tinha idade para mexer no fogão (hoje em dia demora-se mais a poder mexer no lume) e lá ia eu para a cozinha pegar num tacho muito reles (a bem dizer, numa caçarola) que desconfio que a minha Avó comprou na Galinha Gorda ou coisa que o valha. "Lá vai ela comer massa" O ta...