Avançar para o conteúdo principal
Começa a tornar-se um ritual escrever apenas ao fim-de-semana; talvez porque é quando tenho um tempinho 'livre' ou porque é quando arranjo maneira de o ter... Quando queremos muito uma coisa, dê por onde der, torcendo e amolgando, muitas vezes deixando coisas mais importantes para trás, acabamos sempre (mas sempre!) por fazer o que queremos, mesmo que algures no passado tenhamos tido isso como impossível.
Enfim... Mas não é sobre isso que escrevo hoje.
Escrevo sobre a evolução natural do ser humano... Crescemos. A vida naturalmente nos desvia do caminho previsto. Mas não das pessoas. Isso somos nós que fazemos. Mas não devíamos.
A nossa vida é tanto melhor quanto melhores forem os nossos amigos. Podem ser só 2 ou 3, ou 1. Não interessa quantos são, mas como são e como nós somos para eles . Preservar as amizades não é fácil, é como cuidar de uma planta. É preciso regar, tirar as folhas secas, as lagartas... É presiso saber se ela gosta mais de sol ou de sombra... O mesmo se passa com os amigos, é preciso conhecê-los suficientemente bem para saber até onde podemos ir, porque a nossa liberdade termina quando começa a liberdade do outro.
Quando a vida nos afasta põe-nos à prova. A distância é física. O coração não tem régua para medir distâncias. Só mede sentimentos, mas sem unidade de medida passível de ser interpretada. E os sentimentos unem-nos para além do tempo e da distância... Cabe-nos fazer com que as nossas plantas não murchem, porque elas não têm capacidade de se manter viçosas sem a nossa ajuda...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A felicidade que pode ser perdermos a clareza de ideias

Os velhos, às tantas, não dizem coisa com coisa. Misturam assuntos. Dizem que fizeram isto e aquilo sem terem feito nada. Não sabem onde estão ou o que estão lá a fazer. Dizem que falaram com A, B ou C, que já estão a fazer tijolo há muito tempo. Que foram aqui e ali sem na verdade terem saído do lugar. Julgam que os vão levar para casa em breve. Parecem estar noutro mundo ou na lua. Nem que seja apenas por breves instantes. Segundos de trevas que parecem interromper a luz. Ou será ao contrário? Talvez seja da velhice. Talvez seja dos medicamentos.  Talvez. Talvez seja sem querer mas, em certa medida, propositadamente. Que também eu perca a clareza e o discernimento quando eles já não me trouxerem benefício algum.

Nem tudo o que enche o estômago enche o coração

Sempre gostei de massa. Qualquer que seja, não importa o tamanho ou o formato. Não sou esquisita quanto à aparência da dita cuja, gosto de massa e pronto. Há quem prefira arroz, mas eu gosto mais de massa. É por isso que o Mundo não tomba, como se costuma dizer. Se agora viessem com aquelas teorias (como tantas vezes quanto a tantas outras coisas) de que o arroz afinal faz mal; se me dissessem que a partir de agora só podia comer massa... Era para o lado que dormia melhor. Venha ela. Mas isto não é de agora. Foi sempre assim. Muitos serões em casa da minha Avó S. foram acompanhados de esparguete para a ceia. Não porque fosse regra da casa, mas porque eu tinha fome e que melhor do que ir comer esparguete?? Já tinha idade para mexer no fogão (hoje em dia demora-se mais a poder mexer no lume) e lá ia eu para a cozinha pegar num tacho muito reles (a bem dizer, numa caçarola) que desconfio que a minha Avó comprou na Galinha Gorda ou coisa que o valha. "Lá vai ela comer massa" O ta...

Dilemas psicológicos...

Quem nunca teve nenhum? São batalhas travadas no canto mais encondido, no sulco mais profundo do nosso cérebro que nos fazem a cada micro-segundo sentir uma felicidade tranquilizadora ou um aperto no coração... Porquê? Porque é que o nosso pensamento não pára antes de sentirmos o tal aperto? Porque não ficamos tranquilos de uma vez? Porque é que depois de sentirmos uns momentos de alívio caem sobre nós os mesmos medos avassaladores? Porquê? Fará sentido tudo isto? Passarmos o dia ansiosos que ele acabe para, pelo menos durante o sono, não termos esses dilemas? Acordar durante a noite a pensar neles? E eles voltarem em força com os primeiros raios de sol? O ser Humano tem a espectacular capacidade de se poder contrariar a si próprio, então... Porque não? ;) A cabeça manda, o corpo obedece. Para o bem. E para o mal... Vamos por de lado todos os pensamentos negativos, que nos deixam em baixo e a olhar para o infinito com a cabeça a trabalhar a 1000 à hora! Pensamento positivo SEMPRE! Pa...