Num dia frio de Dezembro, há mais de 10 anos atrás, disseram-me assim: "A tua prenda de Natal tem plástico, pilhas, botões, antena e tem que se fazer um buraco no tecto." (atitude característica da minha mãe, que mata o juízo a qualquer um dando pistas, às vezes estapafúrdias, acerca da prenda que lhe vai dar...) Na ingenuidade característica de quem nasceu em meados dos anos 80 e tem apenas uma década de existência, imaginei-me na sala da minha avó São sentada no chão, em cima de um plástico transparente que não tinha mais de um metro quadrado, a mexer numa espécie de comando preto que devia ter uns doze botões, como quem usa o rato de um computador. E enquanto isso, olhava admirada para o tecto, pois segundo havia dito a minha mãe, era preciso lá fazer um buraco. Eu não fazia ideia do que era isto que me vinha à cabeça sempre que pensava numa coisa com plástico, pilhas, botões, antena e buraco no tecto, mas ficava bastante entusiasmada! (como fico ainda hoje, mesmo com pist...