Avançar para o conteúdo principal

Ter ideias a partir das ideias dos outros não é ser o original, é ser a cópia...

É mais fácil ter supostas 'grandes' ideias a partir de ideias já existentes do que dar uso aos (poucos) neurónios para ter ideias originais... Mas, atenção, são os maiores! Porque vêem o que os outros não vêem, põem em causa, julgam e são bastante práticos! Pudera! Acabam por escapar pormenores a uma pessoa que já pensou dez milhões de vezes no mesmo assunto. É sempre bom partilhar ideias, para as fazer crescer, para as melhorar, aperfeiçoar... Mas simplesmente não se dar ao trabalho de pensar porque se sabe que há alguém que pensa sempre e depois no fim vir dar palpites, cansa qualquer um à 6ª vez...! 'Ah mas isso não pode ser assim!...'


Alguém pensou: '-Até era engraçado pintar esta parede de cor-de-laranja...!' E outro alguém, que nunca se lembrou que há mais cores para além do branco: '-Epa laranja não, vermelho é melhor!'.


E pinta-se a parede de vermelho.


'-Ai que gira esta parede assim desta cor...!
-Foi o não-sei-das-quantas que teve a ideia de pintar de vermelho!'
Raramente se diz: '-Olha fulano assim-assim pensou em laranja, mas depois o não-sei-das-quantas reparou que, como o sofá era vermelho, ficava mais giro assim.'

Uma ideia de um indivíduo depressa passou a ser de dois; uma ideia que ganhou outra forma ao ser analisada por outra pessoa. Tudo bem e ainda bem. Mas desvalorizar a primeira?? Não. Porque se o fulano assim-assim não se tivesse lembrado de pintar a parede de uma outra cor, ela ficaria para sempre branca...

Uma coisa é analisar a ideia do outro, tentando melhorá-la, outra completamente diferente, é por defeitos elevando-se perante todos com a solução que não tinha achado caso alguém não tivesse tido uma ideia em bruto, com pontas por laminar...

Comentários

F i l i p a disse…
Oi!! Lamento mas não concordo totalmente contigo!!

"Ter ideias a partir das ideias dos outros não é ser o original, é ser a cópia..."

Mas ter ideias a partir das ideias dos outros com a inteligência de as divulgar é de gente esperta capaz de ganhar milhões!!!
Como é óbvio o ideal é melhorar a ideia, de modo a distingui-la da original mas hoje em dia quem tem trabalho é parvo quem é esperto safa-se…

Hug da Pipa

Mensagens populares deste blogue

Desiludem-me, portugueses

Tinha-vos em melhor conta. Mas, afinal, vota-se em quem destila ódio. Toda a gente sabe que isso é sinal de se ser mais capaz. Quem grita mais tem mais razão. Claro. Como não sou eu capaz de ver isso?... Vota-se em quem faz a conversa de café. Quem manda os outros para a terra deles, como se nós nunca tivéssemos ido para a terra de ninguém. E como se não nos fizessem falta alguma. Vota-se em quem manda trabalhar os malandros, os chupistas da sociedade que não fazem nenhum e vivem à mama. E são tantos. Incluindo os que não interessam para a estatística. Vota-se em quem diz o que se quer ouvir, sem pensar nas consequências disso. Vota-se sem pensar se quem diz o que se quer ouvir, consegue realmente fazer o que é preciso. Mas o voto é livre, tal como a opinião. Por isso, cada um saberá de si - assim espero. Julgo, no entanto, que muitos professores de História estarão agora a levar as mãos à cabeça, pensando que, afinal, não conseguiram ensinar nada a ninguém. Nem mesmo aos que passaram ...

Nem tudo o que enche o estômago enche o coração

Sempre gostei de massa. Qualquer que seja, não importa o tamanho ou o formato. Não sou esquisita quanto à aparência da dita cuja, gosto de massa e pronto. Há quem prefira arroz, mas eu gosto mais de massa. É por isso que o Mundo não tomba, como se costuma dizer. Se agora viessem com aquelas teorias (como tantas vezes quanto a tantas outras coisas) de que o arroz afinal faz mal; se me dissessem que a partir de agora só podia comer massa... Era para o lado que dormia melhor. Venha ela. Mas isto não é de agora. Foi sempre assim. Muitos serões em casa da minha Avó S. foram acompanhados de esparguete para a ceia. Não porque fosse regra da casa, mas porque eu tinha fome e que melhor do que ir comer esparguete?? Já tinha idade para mexer no fogão (hoje em dia demora-se mais a poder mexer no lume) e lá ia eu para a cozinha pegar num tacho muito reles (a bem dizer, numa caçarola) que desconfio que a minha Avó comprou na Galinha Gorda ou coisa que o valha. "Lá vai ela comer massa" O ta...

Bagos de esperança

Tira-se o arroz do tacho e ficam meia dúzia (mais!) de bagos de arroz no fundo. Come-se o que se tem no prato - até se comeu tudo - mas ficam uns baguinhos de arroz. Vai tudo para o lixo ou pelo ralo do lava-loiça abaixo. Esses bagos de arroz, que parecem insignificances, ao fim de um tempo correspondem a um prato cheio de arroz. E não é preciso muito. Faz-se uma panela de arroz e sobra. Quem nunca? Há três opções em primeira instância: guardar deitar fora guardar para deitar fora mais tarde Guarda-se na esperança de ainda o comer; deita-se fora porque se sabe que já não se vai comer; ou guarda-se na esperança de ainda o comer (para descansar a consciêcia), mas sabendo que é certo que vai parar ao lixo dentro de dias. Esses restos de arroz não comido falecem num Tupperware no frigorífico (para quem ainda os usa), outros falecerão numa caixa plástica do chinês e outros numa de vidro. Só muda o caixão, o morto é morto em qualquer um. Em criança diziam muitas vezes (a mim e aos outros): ...